TATUAGEM DO JEREMY

Tenho uma memória que guardo com carinho, do JJeremias na praia com a sanfona na mão, me contando que tocar era que nem respirar. A sanfona é tipo um pulmão, no ritmo do coração.

Guardei isso na memória, quando lembrava dele, também lembrava da sanfona, e das risadas, das conversas engraçadas e afetuosas, do dia que dancei com ele numa apresentação praça da liberdade, da viagem que a gente fez com nossas amigas, da mãe dele e da cidade de Natal, cordel, lua cheia vermelha nascendo no mar. Das reflexões sobre a vida, muito humanas, das poucas pessoas que não tem medo de falar da fraqueza, do erro, de se expor cruamente, e por assim fazer, mostrar sua beleza, sua força e ternura!

Então, a gente se conheceu por causa da sanfona 12 anos atrás… nessa mesma época, estava me formando em artes visuais e, ainda não sabia, mas em 3 meses eu ia mudar toda minha vida ao me iniciar na tattoo.

12 anos sem se ver, e a gente se reencontra em São Paulo! Que alegria gente! Tive a honra de fazer a primeira tatuagem desse amigo, dessa pessoa querida! Uma tattoo que tem tudo a ver com sua jornada amorosa de autoconhecimento, mas também com sua relação com a sanfona.

Desejo que o Jeremias continue fluindo pela vida! E que a gente não fique tanto tempo sem se ver, foi pouco, só ficou saudade!